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“O ESTANDARTE CHRISTÃO

ORGAM DA EGREJA PROTESTANTE EPISCOPAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ASSIGNATURA: POR ANNO ..... 35000

festado como divino em natureza e poder. Elle tem os Nomes de Deus (João 1: 1-5, Dt 92:19),

Expediente Toda a correspondencia deve-se dirigir ed

caixa do correio n.º 5. E | O escriptorio da redacção acha-se no edi- | Col. 1:16, 17, Heb. 1:92, 3).

seeds o RD pg Ed a | Elle recebe culto como Deus (Actos 7: ]1. W. Morris 58, 59, Apoc. 5:12). W. C. Brown | Ele tem os attributos de Deus (João

1 Cabral 8:58 10:11, Phil. 3:21, Heb. 1:8—10, A. V. Cabra | Apoc. 1:58).

Esta. é sómente-uma-selecção das imnnu- |meraveis passagens que podem ser citadas n'este assumpto. Duas citações mostrarão 'a força d'estas passagens.

S. João 1:1—3: «No principio era o 'Verbo, e o Verbo -estava com Deus, e o | Verbo era Deus. Elle estava no principio com Deus. Todas as cousas foram feitas

REDACTORES REVDOS.

Nesta redacção dão-se todas as informa- ções sobre tratados, e publicações evangelicas. Todas as pessoas que desejarem tomar assigna- tura d'este jornal dar-se-hão ao encommodo de nos remetter seu endereço que serão imme- diatamente attendidas.

Os pagamentos poderão ser feitos pelo cor- reio.

na E So SE - CERs E “por elle, e nada do que foi feito, foi feito Relação dos Missionarios 1 emo PE O

PORTO ALEGRE Revdos. W. C. Brown, lua Independencia 4 J. W. Morris, lua Independencia Es- quina João Telles Rev. A. V. Cabral, Diacono.

Nua Riachuelo (antiga da Ponte) N. 126

| Colossenses 1:16—17: «Porque por elle A. e. Jesus Christo) foram creadas todas as cousas nos Ceus e na terra, visiveis e. jinvisiveis, quer sejam os thronos, quer se- jam as dominações, quer s: ) les—tudo foi creado por elle e para elle; e elle é antes de todos, e todas as cousas subsistem por elle.» Vão resta duvida que as Escript revelam a divindade de, Jesus Christo. | ( quem acceita as Escripturas como palavra ide Deus, não pode hesitar em acceitar | Christo como Deus, j - A respeito do Espirito Santo, é claro “que Elle não é uma influencia mas sim uma Pessõa. | Disse Jesus Christo aos discipulos— «O | Consolador, que é o Espirito Santo, a quem o Pae enviará em meu Nome, elle vos en- j todas as cousas, e vos farê lem-

Residencia : Caixa do Correio N.º 5. RIO GRANDE Revdo. L. L. Kinsolving, Residencia: 1447 Rua 16 de Julho 447. Rev. Vicente Brande, Diacono. Residencia: General Camara 46. Caira do Correio N.º 47, PELOTAS Revdo. J. G. Meem, Rev. Antonio M. de Fraga, Diacono. Residencia: N. 404 Rua Feliz da Cunha. Caixa do Correio JA. RIO DOS SINOS Rev. Boaventura de Souza e Oliveira,

| smará 'brar de tudo quanto vos tenho dito,» (S. João 14:26). (Com esta passagem devem |ser comparadas as seguintes: S. João 14: 16, 17, e 15:26 e 16:7-—11.

Diacono.

am as potesta-

“Ee TO uras

A doutrina da Trindade foi causa das primeiras grandes controversias da Egre-

E' claro que uma influencia não pode ser enviada em logar de Jesus Christo, não podo fallar, ensinar, convencer, e exhortar. Seu nome não é Consolação, porem Conso-

Arvorae o estandarte aos povos Isaias 62

10,

PORTO ALEGRE, MAIO DE 1894

'tradiz nossa razão. Não ha aqui nada ab- surdo ou irracional. Ao mesmo tempo, a | maneira em que esta verdade se efectua,

Elle faz as obras de Deus (João 1:1—3,| não pode ser por nossa intelligencia resol-

vida.

O Espimto Santo.

Profunda era a tristeza que se apoderou s corações dos discipulos, quando Jesus

|

| | do

lhes annunciou sua sahida d'este mundo e| volta para o Pae; e bem dura a sua de-| “claração que ,a vós convem que eu vá;

porque se eu não fôr, não virá a vós o 'Consolador; mas se fôr, enviar-vol-o-hei.“ Elles pensavam somente em si mesmos, não podiam comprehender as suas palavras; não sabiam que sua sahida constituiu uma parte necessaria do grande plano da sal- "vação, que o Filho do homem havia de cumprir sua obra, offerecer-se a si mesmo como o sacrifício pelo peccado, resurgir

| d'entre dos mortos, subir ao throno de

| Advogado. Não sabiam que o Filho do | Homem 'osse enviado o Espirito, que a humanidade na pessoa de Jesus Christo havia de subir |ao céo, antes que pudesse ser mandado o | Espivito 4 humanidade sobre a terra, Elle não se tinha esquecido de suas palavras de deixar orphãos: eu hei de

pi

| «não vós hei vir a vós.“

de seus discipulos para que viesse habitar nos corações d'elles,

'a poucos; geralmente aos seus doze disci- pulos, mas as vezes á multidão de gente que o cercava em certas occasiões, escu- tando as graciosas palavras que cahiram de seus labios, ou presenciando os seus

sob a limitação de uma voz humana, e da força physica de um homem. Porem o Espirito, o unico Vigario de Christo sobre a terra, é omnipresente, sem alguma limi- tação de espaço, tempo ou poder,

'seu Pae, antes que viesse o Consolador ou |

havia de ser glorificado antes que |

Elle desappareceu dos olhos |

A presença de Jesus. "como homem foi necessariamente restricta |

milagres de misericordia, sempre, comtudo, |

Em todos |

PUBLICAÇÃO: | UMA VEZ NO PIM DE CADA MEZ

A Santidade,

A palavra santo está applicada nas | Escripturas a uma multidude de objectos. A sua signifição deve ser examinada em connexo com os objectos aos quaes ella qualifica. Por exemplo, no Velho Testa- mento, o Sabbado, o templo, Monte Sinai, o primogenito do homem e animal, os sa- |cerdotes, o muro de Jerusalem, certas ca- sas, campos e pessõas todos são cha- mados Santos.

Sendo estas cousas todas santas, ellas devem ter uma qualidade em commum, a qual está denominada Santidade. Ellas devem possuir um característico que é o mesmo para todas, e a palavra santo ex- prime este característico. Qual é a cousa em que todos os objectos acima menciona- dos são eguaes e semelhantes? Que qua- lidade tem elles em commum ?

Se examinarmos cada caso, acharemos que estas cousas tão diversas são iguaes

em um sentido ellas todas pertencem especialmente a Deus. Todos os objectos

santos são completamente dedicados a Deus. Neste facto então devemos achar a

verdadeira definição da palavra santidade. Santo quer dizer devotado a Deus, de- dicado especialmente a Deus, dado total- 'mente ao serviço do Senhor. A cousa ou a pessoa é santa, quando Deus a tomou | por sua propria possessão. Assim definida, a santidade pode ser ex- terior ou interior, objectiva ou subjec- tiva. Tudo quanto Deus tomou por sua propria possessão, é santo. Se Deus orde- nar que uma cousa seja dedicada a Elle, a cousa torna-se santa. Muitas vezes os homens não comprem com os mandamen- tos do Senhor, porém apezar disto, o que Deus chamou Seu, tem uma nova posição. O sabbado, o templo, o sacerdocio eram santos se bem que fossem muitas vezes profanados. Esta é a santidade externa, a santidade objectiva, uma santidade que vem do fim e proposito que Deus formou a respeito destes objectos, e que é inde-

lador. O Espirito Santo, então, é uma Pes- sõa; e sendo Pessõa é divino. Porque ago- Nicea A. D. 325, e supplementada no da | ra no mundo toda a obra de Deus em san- Constantinopla A. D. 381. tificar seu povo, é feita pelo Santo Espi- Esta importante doutrina pode-se expri- | Tito. (Actos 1:2,8, Actos 2: |—4, 1. Cor. mir brevemente de modo seguinte. (a)/12:3—10). A egreja, e a obra de Deus Ha um' Deus, uma natureza divi- | No mundo estão nas mãos do Espirito na, uma essencia divina. (b) Porém esta Santo; e por conseguinte, Elle é divino unica essencia existe em tres Pessoas dis-|em seu poder e sabedoria. tinctas, Pae, Filho e Espirito Santo. (c)| O leitor deve tambem observar as se- Estas tres Pessõas inseparavelmente uni-| guintes passagens nas quaes as tres per- das, tem cada uma os poderes, attributos | sonalidades da Trindade são mencionadas e excellencias do Supremo Deus, juntas, como tendo egualdade de poder e Esta doutrina acha-se claramente reve-| honra. lada nas Escripturas Sagradas, e por isso| «Ide pois ensinae todas as nações bap- constitue um dos característicos evidentes | tizando-as em mome do Pae, e do Filho, do Christianismo. Nas Escripturas não está |e do Espirito Santo.» (S. Matt. 28:19). formalmente annunciada, porém é abun-| «A graça do nosso Senhor Jesus Chri- dantemente provada por numerosas passa- sto, e a caridade de Deus, e a communi- gens, de cujo sentido nao pode haver du- | cação do Espirito Santo, seja com todos vida. vós». (2 Cor. 13: 13).

Mesmo no Velho Testamento, antes dos «Escolhidos segundo a presciencia de acentecimentos do Calvario e Pentecoste, | Deus Pae, para receberem a santificação ha significantes indicações da pluralidade | do Espirito, para prestarem obediencia a de pessoa na unidade da essencia da Di-| Deus, e terem parte na aspersão do sangue vindade. A palavra mais usada para si-| de Jesus Christo». (I Pedro 1:2). gnificar Deus no Velho Testamento está no | Não ha duvida que esta doutrina é para plural, Deus diz no primeiro capitulo de | nós incomprebensivel, E inexplicavel co- Genesis, «Façamos o homem», e n'um ou-|mo Deus pode existir na Trindade de uni- tro lugar pergunta, «Quem devemos nós| dade. Porem a nossa comprehensão não é mandar Encontra-se uma mysteriosa per-|a medida da Verdade. Não nos deve ser sonagem, que está chamada, O anjo de extraordinario, que a natureza de Deus Jehovah. Este está chamado Deus, e tem | esteja alem da comprehensão de nossas jn- o poder de Deus. JFE' natural suppôr que | telligencias finitas. Creaturas finitas nun- era o mesmo que depois fez-se homem e'ca podem comprehender perfeitamente o habitou entre os homens, David pede que | Creador infinito. Por conseguinte, o ser à o Espirito Santo não seja tirado delle: | Trindade inexplicavel não nos surprehende, e Isaias falla sobre um que foi enviado | Porem apezar de ser alem do alcance da

pelo Senhor e pelo seu Espirito, Iestas| nossa razão, a doutrina não & irracional,

e muitas outras passagens semelhantes, O incomprehensivel não é o mesmo como

temos dereito de dizer que no Velho Te-|o absurdo ou o contradictorio, Rejeitamos

stamento ha indicações da Trindade. tudo quanto é contra a razão: Acceitamos

Porém, como é natural, no Novo Testa-| muito do que está alem da razão. O facto mento, toda a obscuridade neste ponto, de que ha tres pessoas distinctas em uma desvanece-se. Jesus Christo é sempre mani-|só natureza ou essencia divina, não con-

ja. Ella foi formalmente annunciada no Credo de Nicea, adoptada no Concilio da

os tempos, em todos os logares a obra do Que | a vontade dos homens concordar com a de

Espirito se adianta e se extende, accesso do poder, que augmento de força,

é ! - pendente da acção dos homens. Agora, se

Deus, se o objecto que Deus quer por seu,

portanto, resulta necessariamente d'esta sub-| fôr de facto devotado a Elle, então haverá stituição da presença do Espirito pela pre-|em pessõa ou cousa a santidade subjecti-

sença pessoal de Christo na carne!

Estas difficuldades resolveram-se no dia de Pentecoste, quando o Espirito desceu sobre os discipulos reunidos na cidade de Jerusalem, enchendo os seus corações de alegria, esclarecendo seus entendimentos e preparando-os para darem bom e fiel tes- temunho de seu Mestre, Jesus Christo, até as extremidades da terra,

E nós, em nossa vida christa, necessita- mos à presença e o auxilio deste Consola- dor a cada passo. Somos fracos peccado- res, mas Elle nos fortalecerê e sustentará em nossas duvidas e difficuldades, em nossas tristezas e afílicções; nos encheri de todo o gozo e de paz em nossa crença (Rom. 15 : 13); ajudará nossa fraqueza, e por- que não sabemos o que havemos de pedir, como convem; fará intercessão por nós (Rom. 8: 26). E visto que Elle sempre esteja prompto a derramar sobre nós e dentro de nós sua graciosa influencia, é nosso dever abrir nossos corações para re- cebel-o, escutar attentamente a sua voz falando comnosco por nossas consciencias, Acautelemo-nos para que não extinguamos a lnz divina que allumia nossa escuridão espiritual (1 Thess. 5 : 19); que não resis- tamos a Elle quando inspira em nós pen- samentos puros e actos santos, e que não o entristeçamos quando quer fazer habita- ção nos templos de nossas almas (Hfes, 4:30). E finalmente pelo uso constante de todos os meios de graças devemos pro- curar nutrir sua graciosa obra em nós, para que Elle, em RE as cousas, dirija e governe nossos corações.

va. Aarão offerece um exemplo da santi- |dade subjectiva; os seus filhos Nadab e 'Abihu (Nu. 3:4), da santidade objectiva.

Mas Deus tambem tem o nome de San- to. Elle chama-se a si mesmo, «o Santo de Israel,» A santidade em Deus é aquela qualidade em Sua eterna essencia, que fal-o o supremo objecto de nosso serviço, adora- ção, e culto. Elle é o principio e o fim de tudo que ha no universo, Elle é a summa de toda a virtude, de toda a gloria, de to- da a felicidade, de todo o poder. Todas as cousas existem d'Elle e para Elle. Por "conseguinte, Elle deve ser o principal ob- 'jecto de nossas energias, o fim de nossa “existencia, o auge de nossa esperança. Deus é Santo porque é Creador, e assim é centro de toda a creação e unico fim de todas as creaturas.

D'aqui é facil ver a rasão da santidade ceremonial, que vem occupar tão proemi- nente posição na antiga dispensação. Deus queria impressionar os homens com a gran- de verdade de que Elle era o supremo fim da vida. Por isto mandou que certos ho- mens e certas cousas fossem consagi a Ela por cernmoniga piora aa objec- tos foram chamados santos. ue os homens se tornaram assim familiarizados com a idea de santidade, declarou De em Jesus Cliristo que esta idea devia ser elfectuada em cada homem e em cada cou- sa, em espirito, alma e corpo. mst quencia acham-se os object Velho Testamento transferi

mados em o Novo para explica

9), um sacrificio (Rom 18: À vi

tura será um ErOO 5, " : e á

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ifferente do da multidão.

ção san

A vida dedicada sómente

Ea

serão completamente dedicados ao Senhor. m'um mundo corrupto, onde reina o pec- cado, ha esta necessidade que a dedicação a Deus se realize por uma separação dos

outros.

Todo o peccado consiste em obedecer ao “ego, e por conseguinte é directamente OP | A santidade de Deus

posto à santidade.

santidade de Deus. A justiça olha para o homem como ca-

a santidade o considera como capaz de escolher um fim, e de fazer Deus e seus destinos, o unico fim da vida. O contrario da justiça é transgressão; o da santidade, é egoismo. No primeiro logar, as alterna- tivas são, bem ou mau; mim ou de Deus.

As escripturas são santas, porque exi- stem para a causa de Deus. Cada pa- lavra refere a Elle, e tem por fim adian- tar os seus destinos no mundo. Jesus Chri- sto era santo, porque era em tudo consa- grado ao serviço do seu Pae, foi a co- mida e bebida d'Elle fazer a vontade de Deus e completar a sua obra, stãos são santos objectivamente; Deus os reclamou como seus em tudo, tur esta chamada, é fazer como fizera Aa- rão, si tivesse recusado o sacerdocio. E' o privilegio dos Christãos ser santos subjec- tivamente i. e, a ser em corpo e alma

completamente dedicados ao Senhor seu Deus.

Avante!

O orador passa: a imprensa fica. Eumenide eterna, tenaz, implacavel, tarde ou cedo desperta os que dormem.

A. Herculano.

A desproporção enorme que a actuali- dade brazileira exbibe entre os defensores da verdade christã o os adeptos do erro, | não pode ser mais propria a resfriar 0 ar- dor dos obreiros da grande Causa,

Estamos sitiados. Em frente à nós acam- -paa infidelidade athéa, collusão de mate-

rialismo e positivismo, essas duas facções intrinsecamente adversas ao theismo por nós professado, Pela retaguarda a heresia sectaria impondo a supersticão como dogma, qu burlando à imaginação com as profa- nações do spiritismo; pelos flancos a indif- cerveja e de ouro; e ! qa labaro á unir mi- os Cruz,—a, ignorancia, Praza pois a Deus Nosso Senhor conce- der-nos firmeza em tempos taes, Quando - & penna inferna) do athe-

| (

rmalmente demolidora ismo ao povo esses resai-

et tE E socio ta “arr : v

Ses

pão busca de os san- a ERR

) é , tudo ç a RE TA ÃO, sem se por uma separação “da vida

exige rocedimento totalmente ca Porém a sepa- não é a idea principal na santidade. tidade pode existir sem necessitar

ão. Os anjos nos ceos são ntos, inteiramente devotados a Deus e não precisa separação, porque todos

|

Os Chri-|

O rejei- |

a profunda diferença que ha entre as 'tographias de nossos parentes e amigos, e

E Vips; RS

h B á, a

j º E , y .

morre

ga) Ea o bo

- |borrascosa para a Patria, se

eita com as ideias, cia ey

publicos negocios.

nacionalidade, ou renegou tacitamente

dogmaticamente e sem exame.

var emquanto tivermos sua benção.

namente sabio, mas não é digno de uma. propaganda fiel] aos principios universaes | paz de obedecer ou desobedecer uma lei: do Evangelho; alem de que, como diz C.. que 'ezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus» emancipou para sempre a consciencia da. censura do estado, assignando a cada um no segundo, de'seus respectivos limites e estabelecendo

A. Row a unica sentença Christã tem aspecto politico «dae a (

| para sempre a liberdade individual.

| Fundar hospitaes, soccorrer a miseria, eis uma parte, mas não o tudo do Chri- stianismo, pois que o homem pode ser phi- lantropo, porém orgulhoso, immoral e des- graçado, Eis o motivo porque não conver-| gimos para ahi todos os nossos esforços (se bem que em nossa Egreja contem se não pequeno numero de instituições pias), mas avançamos soffregamente pelo filão do sentimento, procurando innocular nas ve- a seiva vivificadora do Evangelho que lhe trará Regeneração e Salvação, alvos, por excellencia, de nossos esforços. E' que temos certeza de que essa regeneração dará os fructos da caridade em suas multiplicadas manifestações, e não precizaremos então de alimentar o jogo | adi para sustentar hospitaes. Precisam as cou- sas percorrer a ordem que lhes é com- prégou o Evangelho e esta- beleceu Egrejas; o Christianismo, annos, talvez methodizou a cha- ridade, estabelecendo hospitaes. Com nosso E' agora a epoca de semear, prégar, propagar, ensi- nar; e nos annos vindouros, quando o Evan-

ias da sociedade

mum. S. Paulo seculos depois.

labor actual dá-se o mesmo.

gelho tiver lançado raizes no seio do povo, não se farão esperar os fructos, conforme a promessa da Palavra de Deus e o prac- tico testemunho de tantos povos trabalha- dos pelo Evangelho.

Somos poucos, que importa isso? A gran- deza e a justiça de uma causa não se me- de pelo mumero de seus defensores avalia-se pela rectidão de seús princípios.

Maio de 1894. A. V. Cabral,

Chico Alvares (Novella,) (Continuação do 2.)

E o prégador da Biblia, em punho, ia mostrando ao boticario as passagens que escudam a opinião dos protestantes em tal assumpto. O velho ainda tentou uma retirada em forma, dizendo que assim como conservamos com veneração os re- tratos de nossos bem amados, tambem po- diamos conservar os dos santos“, ao que o prégador lhe contestou mostrando-lhe a pho-

as innumeraveis gravuras que se trocam

» | Como sendo o retrato de tal e tal santo,

de cuja physionomia aliás não ficou repro- c ai Es facto are tambem o boti- (não poude negar foi a adoração que parte dos fieis romanos presta ás

-| varanda da fazenda e em companhia de um primo seu, estudante, que viéra passar a. Con- uma chicara de excelente moka e saboreando De repente a conversação pendeu para assumptos religiosos e Chico Alvares depois de narrar ao primo tudo o que ouvira, não havia muito tempo, per- st tu, o que

vir o jesui- erguer o collo e, de envol- ganhar sob sua influen- vigilancia a suprema direcção dos

E, a exemplo do que se deu em França como nos diz o eminente Lavelaye, não haverá tambem no Brazil senão duas cor- rentes de idéas; uma radical e demolido- ra de todo o principio religioso, —a outra reaccionaria e eivada de todas as super- stições adquiridas pelo Catholicismo Romano no curso de desenove seculos, E tudo por- que? Porque o povo que ora lança as pri- meiras pedras no edificio de uma grande

passado do espirito humano, ou acceitou-o

Mas quanto a nós, Deus, o Regulador Eterno, nos tem concedido nas pugnas da Verdade, um posto que esperamos conser- Com o Apostolo dizemos: «as armas da nossa milicia não são carnaes»; são e serão, com a vontade do Altissimo, tiradas da Santa do exame Biblia. A muitos intellectos o fim de nossa fal-o especialmente intolerante para com o propaganda tem parecido um pouco vago | peccado, porque o peccado procura roubal- e semi “oceulto nas brumas de um protesto o do que é Seu. O peccado faz os homens | inutil em nosso seculo. ter a si mesmos, a sua propria vontade | mos factos, pesemos circumstancias. Fazer. como o fim da vida, e asssim despreza a | politica como os jesuitas, póde ser munda-

Mas examine-

ums quinze dias de ferias na r versavam animadamente tomando

uns havanos,

guntou-lhe com vivacidade: dizes sobre isto, primo 24

O

família,

“conhecem,

'niões eu diria: Dúvida!..

que Pedro Sol escolhido

approximando mais sua cadeira,

anhia de

pOra o que te vou cu dizer!..... Mil vezes a grandeza da verdade em ma- teria de religião me tem surprehendido o espirito e interrogado a consciencia ..... Mas sabes o que se dava commigo até bem pouco tempo? O que se dá, pela regra com a maior parte dos rapazes de hoje. Meus paes, como sabes, eram incredulos, atheus mesmo, se bem que recorressem para os actos solemnes à sua Egreja de Nos collegios, fui encontrar com- panheivos, instruídos no pedantismo do x tque os faz ridicularisar a quem não pro- cura a chave da sciencia nos dominios da |mathematica, cujas extremas elles aliás des- Passam a gallope, ás portas + por algumas postillas philoso- “Phicas, dando bem pouca attenção aos pro- blemas do espirito, e se eu fosse obrigado a com uma palavra synthetisar suas opi- A maior parte, porem, do tempo de meus collegas não é | dedicada ao estudo dos homens de sciencia, cujos nomes tanto gostam de citar, mas ás “dissoluções e extravagancias que bem cedo crestam os talentos mais robustos de nosso paiz. Assim não é de admirar que tenham sempre uma zombaria afiada para quem quer que se torne suspeito de humildade “de opiniões, ou de crenças definidas. Eter- |nos macacos, como alguem nos andou chamando sem precisar para isso de re- «correr aos commentarios de Darwin, cor- remos a esta hora atraz do bom senso e do bom gosto dos francos, até que o des-| |eperador philosophismo destes pelos ares com alguma bomba anarchista, esse fructo sazonado dos ensinos altamente edificantes Vaquelle antro de infallibilidade encyclo- pedica -— Paris! Não te surprehendas por- tanto com dizer-te que não ha um anno. que comecei a interessar-me pela questão religiosa, se bem que de algum tempo pa- ra não fôsse alheio aos brados da histo- ria, em assumptos de tanta importancia.“ sConta-me pois alguma cousa do que | sabes a esse respeito,“ disse Chico Alvares

síuanto às doutrinas pouco te posso antar de que te disseram; contar-te-

hei porem, resumidamente, a marcha his- torica da questão religiosa. Está a Religião Romana construida sobre a supposição de

por

nosso Se-

nhor, de entre todos os apostolos e feito Bispo de Roma ou Papa, e não sómente

de Roma, porem de todo o mundo; de que

S. Pedro transmittiu aos Papas de Roma,

por successão, a grande prerogativa de ser

o Vice-Regente de Deus, com o poder de perdoar peccados, punir os transgressores

com penas assim temporaes como espiritu-

aes, depôr principes, absolver os subditos de seus votos de fidelidade a principes he- reticos, IE na realidade sorprehendente a

da para corroborar

|

|

q E pg

ao passo que o bispo de Roma, tempo, não reclamava, nem recebia dencia alguma.“

«Como se explica então a 1 rancia da Egreja Romana 24

Eu tc digo. Devido á sua po E sissima principalidade Roma come Ta: considerada com alguma deferencia 638

Bispo a gosar de uma parte proporei

O | q

| A )

1 «*

bnad.

d'essa attenção e dignidade. Esta a base sobre a qual o concílio de Chajes

donia affirmou a pre-eminencia de T

; ) na «ao thrôno da antiga Roma, porque et. era a cidade Real, os Padres conferiram. rasoavelmente os privilegios. Sobre hai

clamou, em tempos, a supremacia,

e chamada a cabeça das Egrejas.“

O

todos os christãos orthodoxos e à Leo. cod. lib. 1 Tit. 2 8 16. Theodoto diz que Antiochia era a mai antiga e legitima apostolica. Estes tos mostram que o officio papal não conhecido na Egreja primitiva, é, a legitimidade da Egreja de

Muitas d'estas ella da Escriptura, Authoridade da

su 4

semelhante a Egreja de Constantinopla re.

a

nA santissima Egreja d'esta Religiosisg | ma cidade, a mãe de nossa devoção e de

pa Santa séde d'aquella imperial cidade, Ta

faç. era 4 Se assim Roma cahe por terra, porque é sobre esta hypothese que a Egreja de Roma descansa e 4 esta infallibilidade se vem prender toda a ca- deia de seus ritos, ceremonias e doutrinas, não pretende derivar porem da Tradieção e da Egreja, duas fontes que não raras vezes são pela Egreja Romana

egualadas ou tomadas superiores à primeira, A Egreja decreta, e a Egreja é infallivel, |portanto o que ella decreta é direito e

verdade. Eis ahi a grande espada que

corta todos os nós, a magica varinha que

[remove todas as difficuldades, dos a estes principios os membros da E, Romana não têm a permissão de renunciar a absurdos introduzidos na Egreja em épo- cas obscuras para o mundo. A Tran- substanciação, o culto da Virgem Maria e dos Santos, o Purgatorio, e muitos outros artigos de seu crédo, não se fundam na Biblia, nem nos Concilios e escriptos das

idades primutivas.

- Conta-se que uma occasião o Sr, D, Pe- dro II assistindo à uma explicação de dou-

trina em uma aula publica disse á pro-

fessora que não insistisse muito sobre O dogma da Immaculada Conceição pois que

era de uma promulgação muito recente.*

Porem sendo decretado pela Egreja é o quanto basta.

Então, pelo que me dizes, primo, à Egreja Romana não é como pretende ser, a Egreja mais velha 2“

y»bPelo facto de ser a Egreja Catholi- ca Romana a que existia em Roma no tempo da Reforma Religiosa, insistem os Romanistas que sua Religião é g mais an- tiga. Ella é, na verdade, mais velha do que a Reforma, porem não tão velha como o Christianismo primitivo. Qualquer um póde examinar a historia da antiga Egreja e nada o ha de sorprehender mais forte- mente do que a profunda dissemelhança entre as feições da Egreja primitiva 0 systema hoje dignificado com o nome de Egreja Catholica. Pede aos defensores

caldesta Egreja que a comparem em detalhe, fraqueza da base em que estas pretenções | ey

repousam. Toda a authoridade que é cita- primitivo, uma tal posição vem qual

n seus caractéres essenciaes com o modelo e ficarão confundidos. Sobre pretenção portanto querem ser &

resumir-se nas palavras de Nosso Senhor Egreja mais antiga ? Que importa a affini- dade historica quando a affinidade de dou-

a S. Pedro: ,Tu és Pedro e sobre esta

pedra edificarei a minha Egreja* Se não

bastasse o senso commum para nos ensi- |

nar que estas palavras não authorisam a | tiga, porque elle significa a reivindicação supremacia de S. Pedro e seus successores, | de uma luz obscurecida s

achariamos ampla evidencia do facto, opiniões dos Padres e nos actos dos Con- cilios. No concílio de Jerusalem, S, Thiago, e não S. Pedro, pronunciou a decisão da assembléa. 5. Paulo em certa occasião pu-

v. 11. Isto não, seria permittido, Pedro fosse Papa no sentido agora

S. Agostinho e S. Jeronymo commentando o texto, tiram a mesma inferencia. Os Padres muitas vezes fallaram de uma pri- macia de consideração ou merito, attendendo á idade, zelo e elevação pela qual S, Pe-

dro se destinguia, porem dizem com Chry-| minho da

sostomo: «São Paulo mostrou que cada

Apostolo gosa de equal dignidade,» Hosius,

bispo de Corduba, presidiu ao Concilio de 3 terceiro

; Cyrillo, bispo de concilio geral de Epleso tantino o Imperador do concilio de Nicéa,

trina está quebrada ?... o protestantismo de dizer

nas | medievos, mas sempre confessada nos sofri- mentos do martyrio, nos carceres da in- quisição e hoje gloriosamente trazida À

e

encia. blicamente reprehendeu S, Pedro conforme sem b

achamos na Epistola aos Galatas cap, 2 tismo,

pelos protestantes ha muito menos tempo

Alexandria, ao! falso é + Cons-| peccaos.

Mais direito tem que é mais an»

im nos seculos

videncia em sua pujante e bencfica influ- E não julgues que estou fallando ase sobre a influencia do protestan-

Olha para as

compara o seu estado de pro O dus colonias evangelisad

(Coutinúa)

Quem mentira ou se acha nº€

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falso criado maldiz seu amo; O servo que ajuda o amo em

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Mas SE ins dei a do is id

e colonias espanholas se São | portuguezas que foram catechisadas pelos recla- | romanos e mado pelos Catholico-Romanos. S, Ambrosio, gresso com

Se desculpa muito, está no Gu a

Submetti-

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“As fallas do Coição.

à Egreja e quando ora. Senta-se o corpo,

acha entrada no espirito. A bocca resa, mas o coração não se entretem com Deus,

e sim com outra cousa qualquer. não| tinhamos aprendido na escóla que a oração | quer, em tyranno de noss é a conversação com Deus? Mas quão raras | e opiniões.

| Alem d'isso o chr medita em seus campos, prados, traba- 'das como as seguintes: lhos, prazeres, como é capaz de fallar com |

Deus? Por um torna-se necessario uma “que vivem de seu modesto ordenado sem.

vezes é assim realmente! Um coração que

reforma de coração porque sem ella o as-|enviar juntamente o dinheiro. Não alojar-se por muito perceber em que se occupa o coração de | casa alheia, porque, assim uma pessõa. Se for no mundo e m'aquillo | cuida da propria onde tudo que é do mundo; quão zeloso, circumstan-| á yevelia.

Ir tomando todos os dias uma nota pessõa! Se fôr Deus e Sua Palavra, a boc-| de todas as dispezas por minimas que sejam ca falla com brevidade do que é terre-|e trazel-as caleul stre; porem, torna-se viva e interessada | damente possivel Ter a coragem precisa para nunca emprestar livros ou outros quaesquer ob- tala-se, ou, se fôr atrevido, intromette-se jectos a quem nunca se lembra de resti- tambem; presentimos tambem, na fraqueza | tuil-os.

sumpto delle não mudará. Pode-se bem cial e vivo é o que falla a bocca d'aquella quando trata das cousas divinas. O cora- ção de um mundano emmudece aqui, en-

das palavras, que apenas são fallas estu-

dadas, pescadas. Queridos irmãos! exami- p nemo-nos em que assumpto se occupa nos- | dos e não conta com cousa como seja o pagamento. Nunca servir « do Senhor de dia e de noute. No psalmo |e metter-se o m 63 diz David: «Quando me lembrar de ti |em que entre o dinheiro de o Andar de olho vivo com os tratantes que estadeiam por Em um coração renovado ha bastantes | sociedade e que não 8. Demorar-se

so coração durante o dia. O primeiro psal- mo falla-nos do justo que medita na lei

na minha cama e meditar em ti nas vigi- lias da noute.»

fallas, ás vezes, até durante a oração e pregação, Mas o homem renovado entriste- ce-se, silencéa o coração, reprehende-o e censura-o. Se p. ex. o coração estiver irvi- tado e usár de palavras insultantes e in- juriosas contra o offensor, elle segue o con- selho de David: «Meditai em vossas ca- mas», isto é, recolhe-se ao silencio e co- meça outra meditação, admoesta ao cora- ção irritado para que se aquiete e indica- lhe a Crucifixão ou textos poderosos. Se o coração estiver cheio de cuidados e a des- carregar-se em meditações e queixas an- ciosas, o homem espiritual diz de si para si: Porque estás abatida, 6 alma minha e porque te conturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o hei da louvar, o qual é a salvação do meu rosto e Deus meu (Ps, 42) e assim por diante, Egualmente o homem piedoso muitas vezes se anima ao louvor: Bemdize, ó alma minha, ao Senhor, e tudo o que ha em mim bem diga o seu santo Nome, não te esqueças de nenhum de seus beneficios. Sente o homem espi- ritual que o coração quer tornar-se fraco, cançado, impaciente ? Clame então: «Por- que minh" alma estás assim tão fria; tão dormente ? Alma, está alerta! alma desper- ta! ou «Em vós se accenda um novo ar- dor>. Dou de mão á vaidade, a Ti que- ro, Senhor.» Emfim no homem espiritual vppõe-se mais e mais a meditação espiri-

“do que a oração continua, á qual a Escrip- tura nos envia. Agora levanta-se um tex- to e oceupa o coração, depois acode ao pen- samento o verso de um hymno, e assim não sómente se falla do Senhor e com o Se-

Inhor, mas tambem a Elle cantamos em O que a vista e o que sempre inclina de novo o coração para cima, ora com um suspiro, ora com um agradecimento, meditação do coração é es futuro. Mas não se fazem planos e ima- gens de uma felicidade. futura, nas medi- tações dos quaes está inteiramente absorto um coração mundano, mas saúda-se de lon- ge o grandioso e magnifico porvir que nos espera na Jerusalem Celestial. «O pensa- mento ao Céo levemos—com humildade a Deus louvemos. Pela Graça iremos habitar um novo mundo onde ao Sal- vador daremos mnosso amor profundo,» (Philadelphia).

nosso coração, Quem prestar attenção ao seu interior o ouvido ouve ha de achar que incessantemente se falla alguma cousa “Pudo o que pensamos, meditamos, desejamos, contamos e planeja- mos é uma falla interna. Geralmente a bocca falla aquillo que se fallon no co- ração; mas nem sempre. Muitas vezes fal- ja a bocca de outra sorte, mais picdosa, mais bella e virtuosamente do que o cora- ção. Se quizessemos conhecer um homem a fundo, deveriamos escutar o que diz o sen coração. Então achariamos logo o que principalmente commove e preoceupa o ho- mem. A falla de um homem mundano Je- sus nol'a apresenta na parabola do homem insensato, cujos campos produziram abun- dantemente. «Que farei? Não tenho onde recolher meus fructos, Isto farei; derriba- rei meus celleiros, edificarei maiores, e ali recolherei todos os meus productos e meus bens e direi à minha alma: Alma, mui- tos bens tens em deposito para muitos an- nos; descansa, come, bebe e folga.» Vede, como ahi se exprime o sentimento munda- no, o gosto da posse, o prazer no bem estar, em agradavel ostentação. A medita- ção do coração de um homem tal, gira em volta do trabalho, do dinheiro, das hon- ras, e do bem estar. Edifica, planta, come, | de. bebe, dansa, viaja, nas suas fallas internas. Assim falla de si para si, quando se Je-. vanta de manhã, quando no domingo vae | dos não

O assumpto da pecialmente o

iiconomia